"Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir."
- Clarice Lispector
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
É preciso sαber sentir, mαs tαmbém sαber como deixαr de sentir,
porque se α experiênciα é sublime pode tornαr-se iguαlmente perigosα.
Aprendα α encαntαr e α desencαntαr.
Observe, estou lhe ensinαndo quαlquer coisα de precioso:α mágicα opostα do "αbre-te, Sésαmo".
Pαrα que um sentimento percα o perfume e deixe de intoxicαr-nos, nαdα há de melhor que expô-lo αo sol."
porque se α experiênciα é sublime pode tornαr-se iguαlmente perigosα.
Aprendα α encαntαr e α desencαntαr.
Observe, estou lhe ensinαndo quαlquer coisα de precioso:α mágicα opostα do "αbre-te, Sésαmo".
Pαrα que um sentimento percα o perfume e deixe de intoxicαr-nos, nαdα há de melhor que expô-lo αo sol."
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
Mas depois de muita análise e observação,
se você vê que algo concorda com a razão,
e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
Mas depois de muita análise e observação,
se você vê que algo concorda com a razão,
e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei.
O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade.
Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins.
Vida que se ocupa de ser só o que é.
Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade.
Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade.
A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa.
É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora.
Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa.
Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida,
Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida,
a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Dentro de mim há pensamentos demais, o que torna tudo meio apertado,
mas tenho tentado dar uma arrumada nessas ideias para que cada uma fique na sua gaveta.Há também sentimentos demais, mas de forma alguma vou expulsá-los,
deixo que circulem à vontade pelo meu corpo.
Dentro de mim as estações são bem definidas:
verão é verão, inverno é inverno.Toca música aqui dentro quase o tempo todo,
e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba.
Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade.
Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, parece até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são raros.(...)
Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas pra fora e muitos sorrisos que,
de tão íntimos, também guardei.
Dentro de mim, às vezes, são produzidas algumas cenas sofisticadas e roteiros de filme B.
Como não gostar de viver aqui dentro?
E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?
mas tenho tentado dar uma arrumada nessas ideias para que cada uma fique na sua gaveta.Há também sentimentos demais, mas de forma alguma vou expulsá-los,
deixo que circulem à vontade pelo meu corpo.
Dentro de mim as estações são bem definidas:
verão é verão, inverno é inverno.Toca música aqui dentro quase o tempo todo,
e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba.
Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade.
Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, parece até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são raros.(...)
Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas pra fora e muitos sorrisos que,
de tão íntimos, também guardei.
Dentro de mim, às vezes, são produzidas algumas cenas sofisticadas e roteiros de filme B.
Como não gostar de viver aqui dentro?
E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?
Já desprezei muita gente importante na minha vida porque acreditei demais no que sentia.
E mesmo que meu sentimento não correspondesse ao que eu conhecia da realidade,
eu o elegia como minha verdade.
Por razões mesquinhas e vergonhosas,
permiti que o sentimento do momento me fizesse esquecer
o que eu realmente sabia sobre o outro.
Desprezei por motivos pequenos pessoas que eu já havia reconhecido grande.
A razão? Elegi a ira do momento como verdade absoluta.
Permiti que o desapontamento momentâneo prevalecesse
sobre as historias bonitas que já havia experimentado ao lado daquela pessoa...
E mesmo que meu sentimento não correspondesse ao que eu conhecia da realidade,
eu o elegia como minha verdade.
Por razões mesquinhas e vergonhosas,
permiti que o sentimento do momento me fizesse esquecer
o que eu realmente sabia sobre o outro.
Desprezei por motivos pequenos pessoas que eu já havia reconhecido grande.
A razão? Elegi a ira do momento como verdade absoluta.
Permiti que o desapontamento momentâneo prevalecesse
sobre as historias bonitas que já havia experimentado ao lado daquela pessoa...
Costumamos dizer que reconhecemos os grandes amigos no momento de nossos sofrimentos, mas não é verdade.
Os verdadeiros amigos são aqueles que suportam a duração de nossa alegria.O sofrimento é uma realidade que nos congrega com mais profundidade. O Shopenhauer dizia que o sofrimento do outro nos acorda para a verdade de nossa condição. Somos frágeis. E, ao encontrar o outro mergulhado em sua dor, é natural que brote dentro de nós a compaixão.
Esse sentimento ocorre até mesmo quando estamos diante de nosso inimigo.Ao deparar com a dor alheia, de alguma forma descubro a totalidade do meu ser.É como se eu ouvisse a confissão desconcertante: “Tu és isso.”A dor que dói no outro é uma janela de onde eu me enxergo. É como se por um instante fosse quebrada a nossa capacidade de diferenciação. O outro sou eu. Não posso vê-lo sofrer sem nele identificar minha inegável condição de fragilidade.
Os verdadeiros amigos são aqueles que suportam a duração de nossa alegria.O sofrimento é uma realidade que nos congrega com mais profundidade. O Shopenhauer dizia que o sofrimento do outro nos acorda para a verdade de nossa condição. Somos frágeis. E, ao encontrar o outro mergulhado em sua dor, é natural que brote dentro de nós a compaixão.
Esse sentimento ocorre até mesmo quando estamos diante de nosso inimigo.Ao deparar com a dor alheia, de alguma forma descubro a totalidade do meu ser.É como se eu ouvisse a confissão desconcertante: “Tu és isso.”A dor que dói no outro é uma janela de onde eu me enxergo. É como se por um instante fosse quebrada a nossa capacidade de diferenciação. O outro sou eu. Não posso vê-lo sofrer sem nele identificar minha inegável condição de fragilidade.
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
sábado, 3 de setembro de 2011
Estávamos passeando nos jardins da colônia. Flores emitiam claridades de cores variadas e recendiamm em fragrâncias diferentes que nos embriagavam a todos. As estrelas brilhavam de modo diferente. Elas eram mais vivas e a gente sentia a luz, como sendo uma mensagem de paz e trabalho.
Permanecer na colôlia é uma coisa maravilhosa, é sentir a vida mais presente; no entanto, o dever nos chama por intermédio da consciência, para ajudar a quem permanece no mais baixo.
Permanecer na colôlia é uma coisa maravilhosa, é sentir a vida mais presente; no entanto, o dever nos chama por intermédio da consciência, para ajudar a quem permanece no mais baixo.
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